CMPCI INICIA PRÉ CONFERÊNCIAS DE CULTURA COM O CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES



 

PRÉ CONFERÊNCIA LIVRE DE CULTURA

CALEDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO RUMO À IV CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA

LOCAL: CIEBTEC

DATA: 12 de julho de 2023  - HORÁRIO: 18:45h

TEMA: A POLÍTICA NACIONAL DE CULTURA E SEU ENTENDIMENTO DE CULTURA

FACILITADOR: CARLOS ORTLAD                                    

 

O evento iniciou com palco aberto para declamações de poesias até as 19h quando o Presidente do CMPCI Egnaldo Ferrera França deu os encaminhamentos de abertura e a Representante Territorial de Cultura do Litoral Sul, Janete Lainha (Mestra Lainha) fez uma saudação de abertura onde destacou o trabalho dos RTCs seguiu falando da importância dos Conselhos de Políticas Públicas do seu fortalecimento por meio da participação da sociedade civil.

Carlos Ortlad logo após iniciou a leitura dos principais pontos primeiro capítulo do Plano Nacional de Cultura e em seguida na medida das inscrições ocorreram as intervenções com sugestões do plenário.

 

ELAINE BELAVISTA – salientou a importância da apresentação dos membros do CMPCI já que se aproxima o prazo para eleição da próxima diretoria e a sociedade civil já deve iniciar o processo de inscrições nos seus respectivos setoriais. Sugeriu inclusive que cada conselheiro fale sobre o seu setorial.

 

LÍLIAN CASAS – iniciou com um desabafo devido a situação de dificuldade em que os artistas de Itabuna, pais e mães de famílias tem passado, em especial do seu setorial: o de música. Sugeriu criar estratégias para que se conheçam o conselho e que conheçam também os artistas mobilizando a imprensa e a mídia como um todo para que sejamos respeitados e possamos divulgar informações sobre quem somos enquanto agentes culturais.

 

CARMEM CAMUSO – trouxe questionamentos que a sociedade civil precisa estar informada: quem faz parte do Conselho Deliberativo da FICC? Como está o mapeamento da cultura itabunense?  Quem acessa os grandes eventos realizados pela FICC? Para quem produzimos arte e cultura?

 

CLAUDIO LYRIO – precisamos estudar as leis o nos apropriarmos dos argumentos legais para chegarmos na CMCI com o mínimo de conhecimento.

Que saiamos da conferência com o PMC elaborado e aprovado;

Aproveitar a conferência para realizar a eleição da próxima vigência do CMPCI.

 

RAFAEL DE SOUZA – lembrou que nas PRÉ-CONFERÊNCIAS vamos construir documentos para serem materializados na CMCI e salientou que precisamos ter cuidado para não haver deturpamento da nossa ideia de cultura.

 

DANIELA GALDINO – fez um relato sobre sua decepção com o trato da FICC com a cultura de Itabuna, relatou que sou seu espetáculo está sendo apresentado em inúmeras localidades e não consegue apresentar em Itabuna.  Segundo Galdino "porque a FICC sequer respondeu a proposta enviada oficialmente ao e-mail da fundação em outubro de 2022. Esse tipo de tratamento não é condizente com as contribuições que artistas têm dado à nossa cidade".

Segundo Galdino há um abandono visível de nossas políticas de cultura, oque chamou de “o absurdo da descondução das políticas culturais". Elogiou o movimento PENSAMENTO MANIFESTO. Manifestou também preocupação com quem serão os avaliadores para a LPG e LAB2 em Itabuna.

Sugeriu atenção do CMPCI e que este conselho monitore e também sugira quem possa compor esta equipe.

 

·     Houve um consenso nesse momento pelo plenário que a UESC e UFSB componha a equipe avaliadora para a LPG e LAB2 em Itabuna. Assim o ofício deve ser encaminhado pelo Conselho à FICC com estas sugestões.

 

GILMAR BATISTA – salientou que os artistas de Itabuna se sentem humilhados. O mesmo relatou sua decepção com a Lavagem do Beco do Fuxico e com o ITAPEDRO. "Qual artista de Itabuna participou?" Questionou...

 

JORGE ALMEIDA – nós estamos sendo “operários em construção” (parafraseando Vinícius de Moraes). Reclamou do fato que a imprensa não nos ouve e conta uma história única e reafirmou o que tem dito: “a organização da festa (o ITAPEDRO) está errada, e nós devemos dizer isso juntos!”

 

CARLOS ORTLAD – a Conferência Municipal de Cultura  realizada pela FICC, mas será importante que o conselho indique quem vai explicar sobre o que são as leis de cultura.

Salientou que precisa ser criada uma campanha, construir um texto base para panfletagem sobre esse processo de Pré-Conferência.

 

LULA PALMEIRA  - "esse é o momento de construirmos as políticas!"

 

JOÃO VITOR – desabafou: “apesar de ser um jovem de 23 anos estou sem esperança! Sou um jovem artista negro, tenho medo da polícia e da bandidagem! Antes não compreendia bem, hoje vejo com olhares atentos e fico extremamente desanimado! Fazer arte em Itabuna é se colocar no campo da resistência!

 

PAULO EDUARDO – para Paulo “somos entusiastas do controle social”. Segundo ele, precisamos entender os princípios do controle social e continua: “nós não temos relação de subserviência com o gestor municipal e o objetivo fim até a conferência é a construção do Plano Municipal de Cultura.”

 

JOSÉ ROBERTO – para o professor José Roberto todo esse processo que vem acontecendo é histórico e como a direção da FICC não quer dialogar, “precisa continuar essa mobilização”. Segundo ele, o recurso que é do povo foi usado para transformar a FICC em um “balcão de negócios”, e termina dizendo que “esta é uma luta política”.

 

VICTOR AZIZ  - sobre a criação de fóruns de cultura Victor Azis afirma não ser necessário pois “fá existe o FAEG há dez anos que inclusive mobilizou a criação do Curso de Especialização em Gestão Cultural” o qual ele fez parte e passou a integrar o Conselho Estadual de Cultura onde contribuiu com as críticas para a descentralização dos recursos que concentra 80% do  montante para a capital. 

Salientou sobre a capacidade de produção audiovisual fora do eixo Salvador e Região Metropolitana: “a revolução vem do interior!” afirma.

 

CAMILA CAMUSO – reafirmou os objetivos da sociedade civil através do Movimento Pensamento Manifesto: exigir o cumprimento da Lei; denunciar o desvio de função da FICC. Segundo Camila, “uma fundação não pode achar que política cultural é um evento com dia e hora marcada”. Continua dizendo que temos que nos apropriar das políticas culturais para saber como podemos delimitar e controlar os recursos da FICC e conclui dizendo que um dos objetivos da Pré-Conferência é reavaliar o Plano Nacional Cultura e da mesma forma levar propostas para o Plano Municipal de Cultura.

 

HANS MILLER – para Hans é importante fortalecer o CMPCI e em vez de criar grupos ele propõe reunir e retirar as demandas por setoriais.

 

ALEX FELIX – Alex afirma que não existem mais oficinas de arte e cultura em Itabuna e que a valorização da cultura precisa ser trabalhada e que “o conselho deveria receber os recursos”. Alex se refere ao Fundo Municipal de Cultura.

 

ELAINE BELAVISTA – Elaine insistiu que os conselheiros presentes se levantassem e se apresentassem. Segundo a mesma, para lembrar que esta gestão está findando e um novo processo de eleição de novos conselheiros está por vir. Ela também concorda que deve haver reuniões dos colegiados setoriais para retirar as propostas para a conferência, não apenas para criar o PMC mas também criar mecanismos para fiscalizar. Elaine acredita que "os próprios gestores da FICC desconhecem o SMC". Concluiu salientando as dificuldades de disponibilidade de representantes de pessoas nos momentos de entrevistas nas rádios e TVs solicitou ao plenário ajuda para mobilizar a imprensa para o próximo encontro.

 

ANETE PASSINHO – Anete afirma que precisamos estar dispostos à aprender. Afirma também que “o CADCULTI não funciona”. Continua dizendo que o CMPCI precisa de um espaço para dar orientações aos artistas. “Muitos artistas não sabem tirar uma certidão”, afirma. E continua: “se o CADCULTI não funciona precisa criar outro sistema”. Concluiu exigindo respeito às mulheres ! Segundo ela desde a assembleia na Câmara de Vereadores que percebeu esta falta de respeito.

 

Claudio Lyrio fez a ultima fala relatando a situação dos catadores que trabalharam no ITAPEDRO e "não tiveram nenhuma assistência da FICC" afirma Lyrio. Segundo ele, os catadores “comeram biscoito com suco”, afirmou. “Para onde foram os mais de um milhão de reais de quentinhas? Os catadores foram reclamar com o CESOL e só assim eles tiveram alimentação nos outros dias da festa: o CESOL  bancou”, afirmou Lyrio.

 

Na sequência o Presidente do CMPCI conduziu os trabalhos finais às 21 horas agradecendo à todos e convidando o plenário para cada um trazer mais dois convidados na próxima etapa que será no dia 26 de julho naquele mesmo espaço.

 

Egnaldo Ferreira França  

Presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itabuna (CMPCI)


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